Luz sobre o Quilombo de Candeia


Por Thales Ramos

Cinco meses depois de voltar a desfilar na avenida, o GRANES Quilombo, escola de samba fundada por Antônio Candeia Filho, tem mais um estímulo importante para a retomada de suas atividades: o documentário “Eu sou o povo!”, da trinca de estreantes Bruno Bacellar, Luis Fernando Couto e Regina Rocha.

Embora o material de divulgação do documentário diga “Eu sou o povo! Sobre Antônio Candeia Filho”, o filme não é propriamente sobre Candeia, como explica Bruno Bacellar, em entrevista ao blog O Samba:

“O filme não é exatamente sobre ele. É sobre o Quilombo, mas não há como se falar de Quilombo sem falar do Candeia e vice-versa”, esclarece o diretor.

E ele tem razão. A escola de Fazenda Botafogo, Zona Norte do Rio, foi idealizada em 1975 não apenas por Candeia, mas também por outros sambistas – oriundos ou não de escolas de samba – que estavam insatisfeitos com o rumo comercial que as agremiações vinham tomando.

“Os ideais do Quilombo são do Candeia e de todos que rumaram para lá. São daqueles que buscaram resistir às modificações que estavam ocorrendo no Carnaval, às que puseram de lado os sambistas e toda a gente que vivia o cotidiana das escolas”, diz Bruno.

Filme tem imagens inéditas da escola

O documentário levou um ano pra ser concluído e ficou com 83 minutos no corte final. Os diretores prometem cenas inéditas, como de Paulinho da Viola como diretor de harmonia da escola. Muitas imagens foram conseguidas no acervo do MIS (Museu da Imagem e do Som), resultado de um acordo, o que impede – por enquanto – a distribuição comercial da obra.

“Quem sabe, no futuro, a gente não renegocia. Vamos mostrar em universidades e escolas, festivais, mostras públicas. É só nos convidar que nós vamos”, acrescenta Bruno.

O documentário será lançado nesta sexta-feira (22/8/2008), às 19h30, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj). O endereço é Largo de São Francisco 1, 2º andar, Centro de Niterói (RJ).

Fiquem atentos, principalmente, às entrevistas de quem fez parte da história da escola, como o ator Jorge Coutinho (atual presidente do Quilombo), Luiz Carlos da Vila, Wilson Moreira, Sérgio Cabral (pai) e Pedro Carmo, o Português, primeiro presidente do Quilombo.

Leia mais sobre a retomada do Quilombo de Candeia

Serviço:

Lançamento do documentário
Eu Sou Povo!
Sobre Antônio Candeia Filho
Dia 22 de agosto, sexta-feira, às 19h30
IFCS – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Largo de São Francisco, 1 – 2º andar – Salão Nobre – Centro

14 Respostas para “Luz sobre o Quilombo de Candeia

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  2. Gostaria de saber como faço para ver este filme no Rio Grande do Sul. Estamos num projeto de pesquisa similar no estado sobre um grande ícone do samba, que tinha um discurso próximo ao de Candeia, Pra nós seria neste momento uma fonte de energia e valorização poder assistir a este filme.

    Maiores informações, poderei passar por e-mail, respondendo à vocês.
    Um abraço

    Nina Fola

  3. por favor,me diga se alguém souber:qual o nome da música e do cantor.
    Refrão: …eu sou meio oficial de auxiliar de assistente de aprendiz de ajudante de servente de pedreiro….

    Já sou lhe grata

      • Stran disse: ne3o se pode fazer e9 criar um clima de trincheira do tipo ou este1s coimgo ou este1s contra mim. Tem toda a raze3o Stran, para quem nos quer cortar o pescoe7o, por vezes nem sequer a protece7e3o do estado e9 suficiente, quanto mais uma trincheira! Viu o que ia acontecendo he1 dias ao Kurt Westengaard?Stran disse: .foram um ofensa gratuita e0s pessoas que team por fe9 a religie3o mue7ulmana. Stran, creio que je1 tivemos esta discusse3o? Se ne3o e9 verdade pee7o antecipadamente desculpa. O cartoon do profeta com uma bomba nos cornos nem e9 ofensa nem nunca pode ser gratuito, e9 simplesmente lf3gico. Como vocea sabe, em nome de Maome9 mata-se gente todos os dias isto ne3o e9 muito ofensivo para si, porque ainda ne3o lhe apertaram os calos, ou a um seu familiar Uma ofensa gratuita – e0s pessoas que team por fe9 a religie3o Budista – seria fazer o mesmo desenho com a figura de Buda! Outro exemplo: Se o Kurt Westengaard fizesse um desenho do Papa com a mitra transformada em bomba, isto era neste caso uma ofensa gratuita, em todo o caso absurda! Mas se ele fizesse um desenho do Papa a apalpar a peida dos putos que ajudam e0 missa je1 ne3o era uma ofensa gratuita, era apenas a pura realidade e consequeancia do celibato

      • Olá Luciene,

        Esse trecho é de uma canção do Boca Nervosa, chamado “Pose do Zé”.
        Bjs,
        Adailto

      • Que legal sua que conseguiu quase tudo da sua lihsnita! Eu preciso aprender a seguir a minha, pois sempre acabo comprando mais do que quero e preciso… rsrsBeijinhos

  4. for favor se alguem souber o nome da musica
    Refrão…
    sou meio oficial de auxiliar de assistente de aprendiz de ajudante de servente de padreiro me avisem
    Agradeço desde já

    • Stran,Partimos do princedpio, como je1 lhe expliquei, que o fanico que este1 aqui a mrisutar temas e9 vocea. Ne3o lhe levo desta a vez a mal, mas por favor ne3o repita a alarvidade Acerca da extrema-direita: o tal tema que vocea enfiou aqui e0 presse3o, mas que este1 completamente off-topic. Como vocea sabe eu sou muito ecume9nico e dou-te bem com toda a gente, por isso, ne3o me importo nada que vocea seja ou fae7a a apologia da extrema-direita logo que os seus argumentos sejam lf3gicos, honestos e se possedvel bem escritos. Stran disse: eu defendo a liberdade de expresse3o tanto num caso como noutro. Quer dizer, o Kurt Westengaard e o Salman Rushdie team respectivamente o direito de desenhar ou escrever o que quiserem, e os outros team o direito de os matar Stran, fae7a mais um esfore7ozinho, porque o seu comente1rio ne3o e9 lf3gico nem te3o pouco este1 bem escrito mas creio que e9 honesto

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